sexta-feira, 10 de julho de 2009

Harvey Postlethwaite

















Nascido na Inglaterra em 1944, Harvey fora considerado por muitos como um dos gênios mais excêntricos da engenharia automobilística. Depois de deixar o Royal Masonic School, Harvey Postlethwaite ingressou na Universidade de Birmingham, Inglaterra, para graduar-se em Engenharia Mecânica, porém sua sede por conhecimentos era insaciável, e foi dessa forma que nos anos 60, ele obtera o título de doutor em mecânica aerodinâmica, pela mesma Universidade. Ele era um grande adepto do esporte automobilístico. competindo em um Mallock no clube do automóvel, próximo a Birminghan. Após a formatura Postlethwaite aderiu à carreira acadêmica, optando-se enveredar pelos caminhos da ciência, mas logo entediado por isto, ele começou uma preparação para tornar-se um engenheiro aerodinamicista. Em 1970, com então apenas 26 anos, Harvey conseguiu ser contratado pela March.


Postlethwaite trabalhou na nova vitrine na Formula 2 e Formula 3, criando carros para a March, mas foi afastado, para que se recolocasse profissionalmente na Hesketh (equipe de F-1 e parceira da March). Durante os anos em que permaneceu na equipe Harvey logo se tornou conhecido por ter uma abordagem (quanto ao trabalho) não convencional para os parâmetros da F-1 adquirindo dessa forma o reconhecimento como uma pessoa "excêntrica".


Trabalhar no sentido de modificar e melhorar os chassis já produzidos por ele anteriormente na March, essa era a prerrogativa da direção da equipe, porém Harvey, avesso à direção questionava constantemente o fato de não poder criar novos modelos para a Hesket, essa discrepância de opiniões gerou fortes discussões logo em seu ano de estréia na F-1, porém no ano seguinte a equipe recuou e aceitou que Harvey, pudesse criar um modelo do "zero".No ano seguinte ele desenvolveu as suspensões de uma maneira até então jamais imaginada na F-1 e pode acompanhar sua criação vencer no Grande Prémio da Holanda nas mãos de James Hunt.

















Em virtude de uma grave crise financeira em 1976 a Hesketh já não podia dar ao luxo de disputar corridas de F-1, e fora vendida para terceiros. Postlethwaite passou seu projeto para a equipe recém-fundada Wolf-William,
liderada por Walter Wolf e Frank Williams, mas os resultados ficaram abaixo da expectativa e os seus proprietários logo comunicaram à imprensa especializada a cisão da sociedade.
Harvey permaneceu com Wolf, concebendo o carro (da nova equipe) que disputaria a temporada seguinte, a WR1.

O sucesso foi imediato, com Jody Scheckter tendo vitória na corrida de abertura da temporada. Ao longo da temporada Jody conquistou mais duas vitórias e um sequência de pódios conquistados. Scheckter terminou aquela temporada na segunda colocação do mundial de pilotos, e Harvey, começava a inscrever seu nome na história dos maiores projetistas de F-1 da história. Conseguindo excelentes resultados e tendo poucos investimentos.

Embora Postlethwaite tenha permanecido na equipe até 1979, os feitos de sucesso da temporada de 1977, nunca mais se repetiram.
Quando Walter Wolf no final de 1979 definiu por motivos financeiros o fechamento da WR1, Harvey e Keke Rosberg se tranferiram para a Fittipaldi Team (equipe que tinha como dono o bicampeão mundial, Emerson Fittipaldi). Apesar de sempre demonstrar uma qualidade intríseca em seus projetos Harvey, não obteve resultados "magníficos" pela equipe do brasileiro, muito embora ele tenha produzido o aclamado projeto do F8, considerado por muitos como um dos mais belos da história da categoria. ele desligou-se da Fittipaldi, para ingressar na Scuderia Ferrari no início de 1981. Na aquela altura a escuderia Italiana, era reconhecida por ter os melhores motores, entretanto, e principalmente a impresa britânica, acusava os italianos, de possuíram a pior equipe de Designer's da F-1. Postlethwaite foi escolhido pessoalmente por Enzo Ferrari para corrigir este problema e esperava, que no ano seguinte as coisas já estivessem no seu devido lugar.

















Era o início e a confirmação dos motores turbo da equipe italiana. O carro saiu um foguete e ganhou o título de construtores em dois anos, 82 e 83, sendo no último com pequenas modificações ao modelo original. O carro era muito bom, mas os pilotos não se acertaram e o pior veio com a morte de Gilles Villeneuve na Bélgica. Depois desses anos, a Ferrari foi superada por Williams e McLaren e Postlethwaite perdeu espaço, indo para a Tyrrell em 1987, e John Barnard assumiu na Scuderia.



















Na Tyrrell os resultados não foram tão bons e o melhor momento veio com o piloto Jean Alesi, em 1989 e 90. Postlethwaite ficaria até 91 e entraria no projeto da Sauber para ingressar na Fórmula 1, o que aconteceu em 1993, com um carro competitivo. Mas a decisão da Mercedes de não apoiar plenamente o projeto o fez voltar para a Ferrari. Num período complicado, pela morte de Enzo Ferrari.

A confusão estava instaurada na equipe italiana, e Harvey foi convencido por Ken Tyrrell a voltar a sua equipe, então, para o ano seguinte voltaria a Tyrrell e ficaria até o seu final, em 1998, quando foi vendida para a BAR.

Em 1999, Postlethwaite aceitou comandar o projeto de retorno da Honda para a Fórmula 1. O carro projetado foi testado por Jos Vestappen no mesmo ano, porém no dia 15 de abril de 1999, numa sessão de treinos na Espanha, sofreu um ataque cardíaco e morreu aos 55 anos. A Honda abortou o projeto.













Postlethwaite deixou uma esposa e dois filhos, além de uma história respeitável na Fórmula 1, ao longo de quase 30 anos de serviços.

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