segunda-feira, 13 de julho de 2009

Patrick Head




















Patrick Head nasceu em Junho de 1945, na Inglaterra em Farnborough, e é considerado por muitos como um dos engenheiros mais criativos da história da F1. Seus conhecimentos teóricos foram os principais ingredientes da dominação que a Williams exerceu sobre as demais equipes do certame, durante a década de 90.


Patrick Head, nasceu no automobilismo, pois seu pai era um piloto da Jaguar (em corridas de superesportivos) na década de 50, e foi educado no Colégio Particular Wellington. Após deixar a escola, Patrick entrou para a Marinha Britânica, mas logo percebeu que a Carreira Militar não era o que ele pretendia para sua vida. Head graduou-se em 1970 em Engenharia Mecânica e imediatamente começou à trabalhar na fabricante de chassis, Lola, em Huntingdon. Nessa época ele se tornou amigo de John Barnard, engenheiro que anos depois seria um dos seus principais adversários na F-1.

Patrick estava envolvido em uma série de novos projectos todos tentando se estabelecer como construtoras de carros e/ou empresas de engenharia, e foi nesse período que Head conheçou Frank Williams. Depois de algumas decepções, o britânico, resolveu trabalhar na concepção de barcos.

Em 1976, então com apenas 34 anos, Frank Williams decidiu que já era hora de começar a criar sua própria equipe e rapidamente já contactou Patrick Head, para que ambos pudessem dar prosseguimento à essas idéias. Após não inaugurar uma vez, em 8 de fevereiro de 1977 Williams Grand Prix Engineering foi fundada com Williams e Head, tendo setenta e trinta por cento da empresa, respectivamente. Em 1977 a equipe correu tendo como produtor de chassis a March, porém em 1978, com apoio da Arábia Airlines e que tendo como principal piloto da equipe o australiano Alan Jones, Patrick Head criou seu primeiro carro o FW-06.













Apesar de não ter dinheiro, e ter que constantemente ver a Williams se entremeiar em negócios, complexos para manter sua sobrevivência durante àquela temporada. Head ainda conseguiu desenhar um carro com conceitos e rendimentos respeitáveis.


Nessa temporada a Williams marcou 11 pontos no campeonato mundial terminando o campeonato de construtores na nona colocação, sem dúvidas quaisquer essa temporada abriu as portas para que a Williams então pudesse receber patrocínios condiziente com o poder de criação de Head. Sendo que na última corrida da temporada o australiano, Alan Jones, conseguiu dar à Williams o primeiro de seus muitos pódiums. Mas seria na temporada seguinte que o mundo automobilístico, começaria a respeitar os projetos de Patrick, nesse ano, Alan Jones, conquistou quatro vitórias, e a Williams terminou o campeonato (apenas o segundo campeonato, que ela disputava desde sua criação) na segunda colocação de construtores. À partir daquele momento, Patrick, tinha assegurado seu papel como designer chefe da Williams F-1.


Nos início dos anos 80, a Williams (e consequentemente os projetos de Head), eram um dos carros mais bem-sucedidos da F1, tendo na equipe Alan Jones e Carlos Reutemman, a equipe sobrou durante a temporada de 1980. A equipe somou ao total daquela temporada abismáveis 120 pontos e 18 pódios, um recorde na F-1 até então
. Dessa forma Alan Jones se tornou campeão mundial de F-1, e a Williams ganhava seu primeiro construtores. Em 1981, o título de pilotos ficou com Nelson Piquet (por um diferença de 1 ponto), mas mais uma vez a Williams, garantiria o título de construtores, de forma fácil e à largos passos.











Com o sucesso alcançado durante a década de 80, Patrick começou a se afastar um pouco da concepção de seus carros, criando efetivamente um papel de diretor técnico da Williams, que seria mais ou menos, uma pessoa que supervisiona o processo de concepção, construção, corridas e testes da equipe. Durante essa década também, são creditados à Patrick, muitos conceitos revolucionários, como um carro de seis rodas que testou em 1982, e transmissão continuamente variável, que substituía o câmbio convencional, por um otimizador de rotações. Infelizmente o sistema não se tornou viável em corridas devido à alterações das normas, que muitos atribuem à pressão de outras equipes, que estavam preocupados com o tempo necessário para desenvolver sistemas semelhantes ao que Patrick Head criava.

Em 1986, Patrick Head, foi forçado a assumir o controle da equipe, quando Frank Williams ficou gravemente ferido em um acidente rodoviário. . Apesar de ter sido deslocado para uma função, até aquele momento, não imaginada por sua parte, Patrick se saiu bem, e a Williams conquistou em 1986, o título dos construtores e 1987, conquistou os construtores e o título mundial de pilotos com Nelson Piquet.

















Talvez a mais fecunda de todas as suas associações com engenheiros começou em 1990, quando a Williams contratou Adrian Newey, recentemente despedido como diretor técnico da Leyton House.
Os dois engenheiros rapidamente formaram a parceria muito afinada na concepão de carros de F-1, essa associação por sua vez fez com que Adrian Newey e Patrick Head e consequentemente seus carros atingissem um nível de domínio nunca antes visto, e que só foram se repetir uma década mais tarde, quando a Ferrari de Byrne dera a Michael Schumacher, cinco títulos consecutivos. Em um período de 7 anos (91/97), a Williams conquistou cinquenta e nove vitórias em GP's, ganhou cinco títulos de construtores e quatro diferentes pilotos se tornaram campeões pela equipe (Mansell, Prost, Hill e Villeneuve). No entanto, Newey também tinha ambições para suceder ao diretor técnico, mas esta ambição foi bloqueada, pois como Head era um fundador e sócio da equipe, isto dificilmente aconteceria. Com Williams garantindo o título de construtores e pilotos na temporada de 96, a McLaren conseguiu atrair Newey, que se despediu da Williams em meados de 1997.


Desde a partida de Newey, Williams perdeu a consistência dos anos anteriores, e muito embora tenha vencido algumas corridas, jamais voltou a se representar como uma força dominante na F-1. Durante o período de domínio da Ferrari & Schumacher no quadriênio (00/04), a Williams conseguiu terminar como vice-campeã no campeonato de construtores de 2002 e 2003, sendo que em 2003, foi um dos anos em que um de seus pilotos esteve mais perto da glória de conquistar um título mundial, o piloto era o colombiano Juan Pablo Montoya.













Finalmente, em 2004 chegou a notícia de que Patrick Head iria se retirar do cargo de diretor técnico em cedendo o cargo, para o jovem, Sam Michael. No entanto, Williams continuou a diminuir seu rendimento, desde então, sendo que a última vencida pela equipe fora no Grande Prêmio do Brasil em 2004, com Juan Pablo Montoya.


Muitos dos principais engenheiros de F1, como Neil Oatley, Ross Brawn, Frank Dernie, Egbahl Hamidy, Geoff Willis e Enrique Scalabroni começaram suas carreiras sob a supervisão de Patrick Head, e todos se mudaram para a altos cargos dentro de outras equipes. Ross Brawn particularmente teve sucesso como diretor técnico a da Benetton, Ferrari e mais recentemente com a sua própria equipe, Brawn GP.

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