segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ayrton Senna: O Mágico do Kart - Parte VIII

O ano de 1980 foi o último ano em que Senna dedicou-se exclusivamente ao kart. Disputou o Brasileiro, agora em Goiânia/GO, conquistando o terceiro título. De competitividade pouco se via, mas a exuberância de Ayrton mostrava para todos os amantes do karting o nível que poderíamos ter (e tentaram proibi-lo de correr, por não ter chegado a tempo de participar de “todos” os treinos). O campeão brasileiro de kart 1ª-125cc foi Maurício Gugelmim, batendo Mário Sérgio de Carvalho e Paulo Carcassi, entre outros. Retomando os moldes anteriores, este campeonato foi disputado em uma única etapa. Por força das circunstâncias deixei de acompanhar o karting com mesmo entusiasmo, até porque, para mim, não havia mais grande interesse, e tampouco a principal categoria, a 100cc-FIA, que consagrara tantos grandes campeões.

Senna era um nome de destaque no karting internacional, e determinado à conquista do Campeonato Mundial, parte para Nivelles, na Bélgica, mas repete o vice-campeonato, sempre correndo pela DAP.

Em 1981 Ayrton entra para o automobilismo, sagrando-se campeão na Fórmula Ford, e a partir desse ano não se vê mais Ayrton disputando os Campeonatos Brasileiros (SaLvador-BA)(ler mais)

Na Europa, porém, retorna ao Mundial, em Parma (Itália), obtendo uma valiosa quarta colocação. Com as alterações promovidas pela FIA, a DAP não dispunha de um equipamento à altura (novos motores de 135cc). Ayrton demostra um grande desprendimento pelo karting, fidelidade aos irmãos Parilla, um bom exemplo de sua esportividade, participando em condições de absoluta desigualdade (Nem a McLaren lhe foi tão cara!)

Em 1982 Senna torna-se campeão da Fórmula Ford 2000, vencendo na Inglaterra e outras disputas européias da modalidade. Em setembro participa pela última vez Mundial de karting, na Suécia. Qualifica-se mal, e termina em 14º.

Já estava com as malas prontas para a Fórmula 3, categoria que o lançou à Fórmula 1, mas em dezembro os irmãos Parilla (DAP – De Angelo Parilla) despacham-lhe um equipamento, para o Brasil. Em Tarumã (RS), mesmo circuito onde havia conquistado o primeiro título brasileiro na 1º-100cc, disputa o torneio “Pan-americano de Karting”. Senna venceu-o, sem oposição dos adversários. Essa conquista é considerada por muitos como seu terceiro “sul-americano”, o que é justo, e apropriado. Assim encerra sua trajetória no karting desportivo.

No mesmo mês participa de uma corrida em Interlagos, ajudando a promover uma nova categoria , a “Superkart” (equipados com 2 motores RM 125cc). Foi a única vez que o vi correndo com motores da Riomar, desde o tempo de Júnior. Mas já era apenas uma corrida de exibição.

2 comentários:

  1. No que se refere a relação de Ayrton Senna e Tchê, muito me comoveu saber que, Tchê preferira enfrentar uma fila de três quilômetros de fãs para ver, incógnito, o caixão de Senna no velório da Assembléia, não foi ao enterro. Mandou para o cemitério uma coroa de flores que evocava seu papel na carreira de Ayrton:

    "Eu dei pra você a primeira bandeirada, seu sucesso. E te dou o último adeus.”

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