Considerado ao lado de Murray, Newey e Chapman, como um dos maiores projetistas da F-1, Rory Byrne nasceu em Pretória (África do Sul) em 10 de Janeiro de 1944 e é considerado por muitos, como um dos principais responsáveis pela ascenção da Ferrari nos anos 2000. Sendo o projetista do F-2002 (considerado por muitos, como o maior carro da história).
Desde que iniciou seus trabalhos pela Scuderia Ferrari (1997), os carros concebidos da mente de Byrne, ganharam mais de 70 GP's, seis títulos de construtores e cinco títulos de pilotos, este sucesso de Byrne, o tornou o designer de maior sucesso nos últimos anos da F-1, sucesso esse comparado somente ao Adrian Newey.
Ele se interessou por automobilismo ainda na Universidade Witwatersrand, em Johannesburgo, África do Sul, em primeiro lugar, como um concorrente e, mais tarde os aspectos técnicos do esporte.
Após graduar Byrne começou a trabalhar em 1965 como uma farmácia, mas manteve o seu fascínio para corridas, muito devido à febre Jim Clark, em fins da década de 60 ele juntamente com três amigos Dave Collier, Ronny e Dougie Bennett, criou uma empresa importadora desempenho chamado Auto Peças para veículos automóveis e velocidade Arrast Den situado na Jules Street, Malvern, Joanesburgo e depois Voortrekker Road em Alberton.
Foi nesse período que ele começou a conceber carros de competição , colocando a utilizar o seu conhecimento matemático, apesar de que ele carecia de informações que somente uma formação superior em engenharia lhe daria. Seu primeiro carro, um Fórmula Ford, era competitivo e terminou bem no campeonato 1972.
Uma rápida conversa com Ted Toleman, bastou para que lhe fosse oferecida em 1977 uma oportunidade na British Motor Racing. Toleman era proprietário de um Fórmula 2 e contratou a equipe do Byrne como seus criadores. Vários modelos (e modernos para a época) alcançaram respeitáveis resultados e culminaram na dobradinha do campeonato britânico de Fórmula 2 de 1980. A equipe Toleman, com Rory Byrne como seu chefe de desenho já estava pronta para fazer o salto para a F-1.
O primeiro carro projetado por Byrne a aparecer em um GP de F-1, foi um TG181 empurrado por um motor Hart. Uma das maiores dificuldades desse tempo no entanto eram, a falta de dinheiro, o que naquela impediu de a Tolemand as três primeiras longínquas corridas do campeonato. Passado duas temporadas da recém-criação da Toleman, a equipe começou a marcar pontos, com a conclusão da temporada 1983, Derek Warwick e Bruno Giacomelli haviam conquistado l 10 pontos, o suficiente para a equipe terminar na nona posição no campeonato de construtores, e o suficiente para Byrne ganhar credibilidade no pit-lane. Foi durante o término da temporada de 1984 que Rory Byrne exercera uma certa influência sobre Ted Toleman, para que o mesmo contratasse o brasileiro Ayrton Senna, mais tarde, a corrida de Mônaco comprovaria o quão certo estaria sul-africano, pois naquele GP, Senna, quase dera a Byrne, Toleman e a si mesmo, a primeira vitória.
A equipe continuou registrando progressos significativos na aerodinâmica, principalmente na questão da asa dianteira, quando em 1985, a Família Benneton, anunciou planos para comprar a Toleman. Com mais dinheiro, mais recursos e um motor (potente) disponível sob a forma de o inline-quatro turbo BMW, demorou apenas até Outubro de 1986, para que Rory Byrne, conquistasse a primeira de suas muitas vitórias na F-1, ela fora conquistada no GP do México, e fora, dada pelo austríaco Gerhard Berger.
Durante as próximas cinco temporadas Rory Byrne concebeu projetos que lhe renderam quatro vitórias, mas por mais obstinação que a Benneton tivesse e por mais progressos que ela obtivera, a equipe jamais esteve em uma posição ideal para desafiar a Ferrari, Williams e McLaren, exceto em situações, em que contavam, a experiência de Nelson Piquet. Nesta época teve concepção um modelo, que nos anos seguintes, se tornaria referência em termos aerodinâmicos, a Benneton Tubarão, que fora guiada por Nelson Piquet e Michael Schumacher.
A chegada do alemão Michael Schumacher em final de 1991, representou um novo rumo na carreira de Byrne, segundo suas próprias palavras:
"Era impressionante o conhecimento que o Michael tinha sob o comportamento do carro, isso me dava uma facilidade imensa em trabalhar, pois poderia fazer as adaptações necessárias no protótipo, para que o rendimento do carro fosse efetivamente melhorado."
O B-193 representara um avanço técnico sobre os modelos de temporadas anteriores, incorporando uma caixa de câmbio semi-automática, suspensão ativa e controle de tração. Mesmo assim o carro teve somente uma única vitória nas mãos de Schumacher, devido à imensa superioridade técnica da Williams de Prost.
Ficou imediatamente evidentemente claro na primeira corrida de 1994 que o modelo B194 que Bryne havia concebido, era um carro para ser campeão. Críticos na época sugeriram que a dominação da equipe foi mais uma consequência de uma queda de rendimento por parte da Williams (e sua grande estrela Adrian Newey) e possiveis fraudes, que posteriormente foram confirmadas, em investigações realizadas pela FIA. Um final de temporada, com o crescimento técnico da Williams, roubara de Byrne, seu primeiro título de construtores, entretanto as bases estavam sólidas para uma conquista ainda maior na temporada seguinte.
Mesmo com as acusações de fraude (da temporada de 1994) por trás da Benetton, a equipe conquistou o mundial de pilotos e contrutores de 1995, mostrando uma soberania ao longo de toda a temporada. Finalmente Byrne tinha o que ele queria mais. O carro dele tinha vencido um campeonato de contrutores da F-1. Com a enorme influência de Schumacher sobre Benetton, após sua saída da Benneton no final da temporada, a equipe aos poucos começou a se fragmentar.
Com a chegada de Michael Schumacher na Ferrari, o mesmo, adquirira livre curso i para construir uma equipe de engenheiros capazes de devolver a equipe ao topo do esporte depois de anos insatisfatórios. O diretor técnico da Benneton Ross Brawn foi contratado e a Ferrari chamou Rory Byrne para substituir o atual chefe da equipe de designer John Barnard, em um momento inicial, Byrne recusou a proposta de se mudar para a Itália. Após longas negociações Byrne e de uma férias na Tailândia, sua volta a Europa, foi marcada pela aceitação da proposta da equipe de Maranello, onde logo ele tratou de construir uma de criação de designes na sede da equipe italiana.
Em um processo contínuo de crescimento e progresso a Ferrari chega, em 2000 finalmente pronta para o desafio do título e hegemonia da principal categoria do automobilismo internacional. . O que se viu então foi uma hegemonia jamais vista na categoria, nem nos áureos tempos da Lotus de Chapman e/ou mesmo das Williams de Newey. Com os modelos de Byrne a Ferrari conquistou 71 vitórias, seis títulos consecutivos construtores e cinco títulos consecutivos de pilotos Michael Schumacher com um nível sustentado de dominância nunca antes visto no esporte.
Em 2004, Rory Byrne anunciou que iria retirar da F1 no final da temporada de 2006, entregando o papel de chefe de desenho para Aldo Costa, seu assistente desde 1998. Em 19 de setembro de 2006, foi anunciada definitavamente sua aposentadoria.
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