A Ferrari F2002 foi um dos mais bem sucedidos desenhos de carro de F1, de todos os tempos. Desenhado por Ross Brawn, Rory Byrne e Paolo Martinelli, que ganhou dezesseis Grands Prix, de um total de vinte corridas em 2002 e 2003.
O carro era muito mais leve que seu antecessor, o F2001. Alimentado por um motor V10, benificiado por um centro de gravidade muito baixo, o F2002 tinha uma excelente dirigibilidade. Em meados de 2001, a Bridgestone desenvolveu pneus especiais, adaptados especificamente para o carro. Aerodinamicamente, a Ferrari estava bem à frente dos contemporâneos Williams BMW e Mclaren Mercedes.
A conceituada revista especializada (britânica) Motor Sport, considerou por meio de seus badalados críticos, o F2002 como o carro de F-1 mais rápido da história. A maioria do trabalho original da Ferrari F2002 foi feito pelo lendário engenheiro Rory Byrne e o motor foi projetado pelo engenheiro italiano Paolo Martinelli. O projeto no entanto foi supervisionado pela equipe do diretor técnico Ross Brawn e um grande exército (emgenheiros, administradores e auditores) ficaram incubidos de supervisionar de uma maneira geral o funcionamento do projeto e da equipe.
Antes desse carro estrear no GP do Brasil (2002), a Ferrari se utilizou do modelo, que deu à equipe o título mundial de construtores e pilotos no ano anterior. O F 2002, não era apenas um modelo construído na base de seu chassi anterior, era um modelo completamente revolucionário, que envolvia o surgimento de várias tecnologias não vistas anteriormente na F-1. Desde o final dos anos 90 a Ferrari vinha utilizando o mesmo conceito básico de desenho da caixa de velocidades e, embora esse conceito havia lhes conferido desde o ano de 1999, o domínio e hegemonia da categoria, a equipe técnica da Ferrari resolveu inovar mais uma vez, e lançou uma nova versão. A nova caixa de velocidades caixa foi feita a partir de um material ultra-leve e mais resistente, chamado titânio, dessa forma os engenheiros da Ferrari conseguiram reduzir o peso do sistema em 15% (se comparado às versões anteriores) além baixar o centro de gravidade do carro. O novo design compacto permitiu um grande avanço na concepção do chassi do carro além de aumentar a eficiência aerodinâmica do mesmo na parte traseira.
No entanto, na realização dos testes de inverno o desempenho do carro ainda, ficava aquém da expectativa da direção técnica da equipe, pensando nisso, a Ferrari continuou a realizar "leves" modificações no carro de forma a adaptá-lo e prepará-lo da maneira mais apropriada para a temporada daquele ano. Desse modo, continuou a Ferrari continou o seu projeto por mais dois meses e apenas utilizou o F2002 pela primeira vez, na terceira rodada da temporada 2002, tendo vindo a utilizar o chassis do ano anterior F2001 nas corridas iniciais, embora com muitas alterações e à inclusão do motor Ferrari 051 2002.
Outros avanços alcançados por esse carro incluem um inovador sistema de embreagem que já realizava uma mudança direta da caixa de câmbios, ou seja, além de redesenhar todo um novo sistema de câmbio, Byrne fez com que a Ferrari conseguisse adaptar e otimizar o sistema de câmbio semi-automático já presente no bólido. Um novo sistema de controle de tração baseado no controle interno de fluidos substituindo dessa maneira, o sistema vingente no ano anterior, e na saída de ar (vertical) do carro, o posicionameto de periscópios de maneira a melhorar o rendimento aerodinâmico do carro. A última tecnologia que foi incorporada, na época espantou boa parte dos acadêmicos, pois ela se valia, da reutilização de gases expelidos pelo sistema do carro, de modo a otimizar e proteger o rendimento de sua suspensão traseira.
O cone do nariz foi levantada desde a temporada passada. É plano e para baixo a partir do cockpit para o topo, onde no F2001, existe o nariz era uma espécie de uma tigela, primeiro para cima até que a roda dianteira suspensão e, em seguida, fortemente para baixo. Isto foi possível graças a um sistema mais compacto suspensão dianteira.
O cockpit é um dos maiores avanços do carro. Ele foi projetado de tal maneira que influencie uma melhor fluência do ar pelo capacete, dessa maneira, o piloto pode fazer seu trabalho tranquilamente, sem que tenha que sofrer com solavancos e resistências. Visto de lado, você pode ver (através da primeira foto do post) que M. Schumacher mantém uma posição rebaixada em sua cabine, e o encosto na parte traseira de seu banco é quase que fosse uma continuação do capacete, direcionando o fluxo de ar da melhor maneira possível. Isto permite um bom fluxo para a entrada de ar acima do capacete, e os limites turbulência vão à um valor mínimo.A importância deste, pode ser mostrada através de dados telemétricos, que comprovam em modelos anteriores da Ferrari (F200, F2001 ... etc) uma sobrecarga de 25Kg, devido à força da gravidade.
Na sua primeira corrida no Brasil, o F2002 foi vitorioso, sendo pilotado por Michael Schumacher a Ferrari continuava selando seu domínio, desde 1999. Entretanto no decorrer dessa temporada houve muitas controvérsias, no que se diz respeito à pneus. Muito de seus adversários e equipes rivais, exigiam explicações da direção da Bridgestone, no que tange ao estabelicmento e criação de pneus específicos para o modelo F2002, entretanto depois de algumas discussões, a Ferrari conseguiu gerir de maneira sustentável a discussão, mostrando ao mundo que a superioridade era bem mais ampla do que simplesmente questões de pneus.
O que seguiu foi uma época de dominação, como a que não tinha sido visto desde McLaren na temporada 1988. Com o F2002, Schumacher conquistou 10 vitórias, o seu total de 11 vitórias foi um recorde para a época, enquanto Rubens Barrichello conquistou quatro. A única corrida, a qual, o F2002, não se sagrou vitorioso foi em Mônaco, já que no GP da Malásia, a equipe ainda competia com o F2001. O alemão ganhou o campeonato mundial em tempo recorde, sendo considerado campeão mundial, na 11 ª corrida da temporada, na França. Os dois pilotos da Ferrari conquistaram confortavelmente o primeiro e segundo lugares no campeonato de pilotos e a Ferrari reinou absoluta no Construtores, somando o recorde de 221 pontos.
O F2002 foi ainda competitivo no início de 2003, Schumacher e teve o carro sua última vitória no Grande Prémio de San Marino, antes de ter sido substituída pela F2003-GA para a próxima corrida.
Especificações:
Chassis identificação: Ferrari F2002
Construção: em fibra de carbono e colmeia com estrutura composta
Suspensão dianteira: Independente, push-rod ativados torsão molas
Suspensão traseira: Independente, push-rod ativados torsão molas
Rodas: 13 "BBS
Pneus: Bridgestone
Discos de travões / almofadas: ventilada disco freios de fibra de carbono
Caixa de velocidades: caixa de velocidades semi-automática seqüencial controlada eletronicamente, limitador antiderrapante.
Dimensões:
- Comprimento: 4,495 milímetro
- Largura: 1,796 milímetro
- Altura: 959 milímetros
- Front Track: 1,470 milímetro
- Rear Track: 1,405 milímetro
Deslocamento: 3 litros
Configuração: 90 ° V10, naturalmente aspirados
Alimentação de combustível: injeção eletrônica digital Magneti Marelli
Ignição: Magneti Marelli estática ignição eletrônica
Trem de válvulas: 4 válvulas por cilindro; válvula sistema
Estatísticas:
GP's disputados: 20
Vitórias: 16
Poles: 12
Voltas Rápidas: 11
Pódios: 28
Pontos conquistados: 239
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