.Senna e sua equipe, com a presença de Tchê.
"Espanhol, tem um moleque que tá começando hoje, e anda muito forte."
Foi dessa forma, que fora iniciada uma das parcerias mais vitoriosas do Kart Brasileiro. O espanhol, era Lúcio Pascoal (o Tchê) reconhecido preparador de Kart's em São Paulo, que prezava pela qualidade de seu serviço.
Ao se aproximar do kártodromo de Interlagos, logo Tchê se deparou com um garoto franzino, cujo jeito de pilotar era extremamente peculiar e arrojado. Senna vinha derrapando seu carro pela curva de maneira sutil e leve, fazendo com que o motor quase parasse e de repente explodisse, encontrando dessa maneira uma posição ideal de aderência.
Ao se aproximar do "boxes" Senna reconhece pela primeira vez, um estilo que muito marcaria a semelhança entre Milton (seu pai) e Tchê (seu coach): aspereza.
"- Ei menino; quem lhe ensinou a pilotar desse modo?
Senna certo de sua façanha, responde orgulhosamente:
- Aprendi, sozinho !!!
Tchê responde de maneira rude:
-Terás que aprender novamente, tá tudo errado. Tem que andar mais redondinho nas curvas."
Entretanto, o contato quase que diário com Senna, foi cativando o coração duro, daquele velho espanhol, e o tempo fora o surpreendendo ainda mais, tamanha a dedicação e empenho de Ayrton Senna:
"Certa vez, estávamos no kartódromo e notei que o Senna, vinha pilotando de uma maneira muito diferente da habitual, freava bruscamente em cada curva e se utilizava de toda a pista. Depois, ao final da volta, descobria-se que seu tempo era na maioria das vezes 1 e/ou 2 segundos mais lentos, que os outros. E assim foi durante boa parte daquele dia. Ao final dos treinos, notei que na mão esquerda, Senna tinha um pequeno cronômetro, em que anotava os tempos das parciais de cada setor, experimentando freadas e acelerações, para depois juntar suas convicções em uma só volta. Descobri também que aquela seria a última oportunidade ou a única como queiram, que os adversários teriam de andar na frente de Ayrton." disse Tchê em 1988.
Juntos, Senna e Tchê, foram acumulando experiências e títulos, o primeiro viera em 1974 no Campeonato Paulista de Júnior. Logo nos primeiros contatos, Tchê reconhecera a dificuldade na relação com o Sr. Milton. Em uma competição pelo Estado de São Paulo, Milton se queixou da qualidade do equipamento de Senna e perguntou, em quanto ficava para Tchê, dar uma calibrada, ao falar o preço, o espanhol é surpreendido por um misto de arrogância e preocupação do pai de Ayrton:
"Só isso ? Tá barato demais, para ficar bom, tem certeza que ele irá vencer !?"
Durante a corrida em questão várias foram as vezes em que Tchê fora repreendido por olhares e gestos de Sr. Milton. Anos mais tarde, o espanhol reconhecera que muito das discussões entre ele e o pai de Senna eram frutos de um gênio igual que os dois tinham.
Senna avesso às discussões extra-pista somente vencera a tal corrida e ultrapassara quatro adversários na última volta.
Foi dessa forma, que fora iniciada uma das parcerias mais vitoriosas do Kart Brasileiro. O espanhol, era Lúcio Pascoal (o Tchê) reconhecido preparador de Kart's em São Paulo, que prezava pela qualidade de seu serviço.
Ao se aproximar do kártodromo de Interlagos, logo Tchê se deparou com um garoto franzino, cujo jeito de pilotar era extremamente peculiar e arrojado. Senna vinha derrapando seu carro pela curva de maneira sutil e leve, fazendo com que o motor quase parasse e de repente explodisse, encontrando dessa maneira uma posição ideal de aderência.
Ao se aproximar do "boxes" Senna reconhece pela primeira vez, um estilo que muito marcaria a semelhança entre Milton (seu pai) e Tchê (seu coach): aspereza.
"- Ei menino; quem lhe ensinou a pilotar desse modo?
Senna certo de sua façanha, responde orgulhosamente:
- Aprendi, sozinho !!!
Tchê responde de maneira rude:
-Terás que aprender novamente, tá tudo errado. Tem que andar mais redondinho nas curvas."
Entretanto, o contato quase que diário com Senna, foi cativando o coração duro, daquele velho espanhol, e o tempo fora o surpreendendo ainda mais, tamanha a dedicação e empenho de Ayrton Senna:
"Certa vez, estávamos no kartódromo e notei que o Senna, vinha pilotando de uma maneira muito diferente da habitual, freava bruscamente em cada curva e se utilizava de toda a pista. Depois, ao final da volta, descobria-se que seu tempo era na maioria das vezes 1 e/ou 2 segundos mais lentos, que os outros. E assim foi durante boa parte daquele dia. Ao final dos treinos, notei que na mão esquerda, Senna tinha um pequeno cronômetro, em que anotava os tempos das parciais de cada setor, experimentando freadas e acelerações, para depois juntar suas convicções em uma só volta. Descobri também que aquela seria a última oportunidade ou a única como queiram, que os adversários teriam de andar na frente de Ayrton." disse Tchê em 1988.
Juntos, Senna e Tchê, foram acumulando experiências e títulos, o primeiro viera em 1974 no Campeonato Paulista de Júnior. Logo nos primeiros contatos, Tchê reconhecera a dificuldade na relação com o Sr. Milton. Em uma competição pelo Estado de São Paulo, Milton se queixou da qualidade do equipamento de Senna e perguntou, em quanto ficava para Tchê, dar uma calibrada, ao falar o preço, o espanhol é surpreendido por um misto de arrogância e preocupação do pai de Ayrton:
"Só isso ? Tá barato demais, para ficar bom, tem certeza que ele irá vencer !?"
Durante a corrida em questão várias foram as vezes em que Tchê fora repreendido por olhares e gestos de Sr. Milton. Anos mais tarde, o espanhol reconhecera que muito das discussões entre ele e o pai de Senna eram frutos de um gênio igual que os dois tinham.
Senna avesso às discussões extra-pista somente vencera a tal corrida e ultrapassara quatro adversários na última volta.
Maravilhoso sou fâ de carteirinha de Tche abç Pedro Martins
ResponderExcluircineasta e diretor de fotografia